domingo, 12 de dezembro de 2010

  A PRÁTICA DOCENTE E A FORMAÇÃO CONTINUADA
Após 10 anos da conclusão da minha graduação em Letras, pela PUCRS, com alguma prática docente e muitas angústias enquanto professora de língua portuguesa, ingressei no curso de Especialização em Letras e Linguagens da UNIPAMPA. Depois de tanto tempo afastada do universo acadêmico, a adaptação à nova realidade como estudante foi um desafio.
É  surpreendente a maneira como os estudos acerca da língua avançaram nesta última década. Pensar o ensino de língua portuguesa atualmente vai além da mera reflexão sobre a estrutura linguística. Reconhecer o aluno como sujeito/agente do discurso, sua interação com o  meio social através do desenvolvimento da linguagem,  as variações linguísticas, as situações de letramento em que o aluno está inserido, o papel da leitura, tanto literária quanto de variados gêneros textuais, a combinação das novas tecnologias aliadas ao ensino da língua, são alguns dos temas que ampliaram os horizontes de pesquisas na área e agora precisam de profissionais  habilitados que tornem esses estudos uma prática efetiva em sala de aula.
Vislumbro a  reformulação do ensino do português: conciliando tudo que já se aplicou e se obteve resultados satisfatórios com a realidade iminente, dialogando com os estudos que apontam para as adaptações possíveis numa perspectiva funcional, cultural e atual.
Por isso acredito na suma importância da busca pelo conhecimento através da formação continuada. As boas intenções, apesar de necessárias, não são suficientes para a eficiência da prática pedagógica, fazendo com que a atualização seja  um fator determinante para o sucesso do ensino da língua materna, assim como da língua estrangeira e da literatura.
Hoje, tenho ainda mais anseios do que no início do curso, mas também acredito possuir muito mais ferramentas para auxiliar meus alunos no processo de aprendizagem da língua portuguesa. 

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